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Inovar é o caminho para a empresa perdurar no tempo

E para aqueles que desejam inovar o dinheiro não pode ser considerado como um problema.

Autor: Rafael PalmeirasFonte: Revista IncorporativaTags: empresariais

Consultor lembra que não se deve recuar em matéria de inovação, que conta este ano com R$ 8 bilhões da Finep.

"Falar em inovação é falar de ideias que muitas vezes só funcionam se tiverem dinheiro investido." A frase é de André Palma, presidente da Global Approach Consulting (GAC) no Brasil, consultoria de recursos para inovação, que informa que as empresas brasileiras precisam conhecer melhor as oportunidades de financiamento para seus projetos.

Mesmo assim, um levantamento feito pela Amcham, com executivos e consultores da área de pesquisa e desenvolvimento, mostra que 66% dos entrevistados informaram que suas empresas já têm uma cultura voltada à inovação e 19% disseram estar se estruturando para implementá-la num prazo de até dois anos.

E para aqueles que desejam inovar o dinheiro não pode ser considerado como um problema. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) disposta a ampliar o foco em inovação neste ano anunciou que vai oferecer recursos de R$ 8 bilhões para as empresas.

Segundo o executivo da GAC, atualmente estão disponíveis para as empresas dois tipos de investimentos: os subsidiados pelo governo ou o crédito fiscal. "Essas ferramentas impulsionam a inovação dentro das empresas e inovar é perdurar no tempo", destaca. 

Porém, de acordo com Palma, não são todas as empresas que utilizam esses recursos disponíveis. "Fizemos um levantamento que mostrou que 50% das empresas consultadas utilizavam o financiamento. Do restante, muitas delas desconheciam essa possibilidade", pondera o executivo que em 2012 viabilizou mais de R$ 200 milhões em projetos de inovação.

E, mesmo em tempos de comportamento modesto da economia brasileira, que cresceu em torno de 1% em 2012, o executivo destaca que não se deve recuar com os planos de investimento em inovação.

"Toda crise é cíclica e as empresas sabem disso. Cortar a inovação é piorar a situação da empresa. Sem a inovação não existe competitividade. Acredito que as empresas vão pisar fundo no acelerador quando se tratar de uma iniciativa inovadora."

De acordo com o Palma, muitos projetos não são aceitos pelas financiadoras por falta de adequação aos critérios exigidos. "Os projetos são mal escritos e acabam parados. O governo compreendeu que a inovação tem de fato que acontecer no Brasil e que gera grandes benefícios", alerta.

Desafios

A inovação ganha cada vez mais espaço dentro das empresas e os executivos têm papel decisivo para o projeto dar certo.

Dados da Amcham mostram que para a maior parte dos executivos (97%) a consolidação de uma cultura de inovação depende diretamente de envolvimento e engajamento do presidente e demais lideranças.

Foram listados como pontos-chave também o desenvolvimento e a capacitação das equipes (59%) e a estruturação de um plano de investimento em inovação (47%).

Segundo 85% dos entrevistados, o sucesso em inovação passa pelo desenvolvimento estratégico de uma cultura que fomente o surgimento de novos produtos e serviços. Ainda de acordo com a visão dos consultados, a cultura é tão importante quanto o investimento financeiro (44%) e fundamental para incentivar a inovação (41%).