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Dez perguntas para refletir se quer ou não abrir um negócio

Ser sincero consigo mesmo é fundamental na hora de empreender

Fonte: Revista IncorporativaTags: empresariais

Uma empresária e consultora do ramo da Beleza, dá dicas sinceras para você não se arrepender na hora de empreender

Rosana Bandeira é empresária há 10 anos do seu Salão de Beleza e Instituto de Depilação e diz que quando é consultada sobre sua fórmula do sucesso, prefere começar questionando o quanto a pessoa realmente quer empreender, e se está disposta a abrir mão de certas coisas, "Conto a pior parte logo de cara. Faço as perguntas para saber se a pessoa realmente terá os resultados esperados ao investir em um negócio desse ou outro qualquer!" afirma convicta Rosana, que já fez consultorias para amigas e empresárias que queiram abrir um negócio como o dela, e na primeira reunião já descarta ou engaja com as seguintes perguntas:

 1) Você está preparada para ficar 3 anos sem comprar uma calcinha?

 2) Como você pretende sobreviver financeiramente nesse período?

 3) Caso você precise substituir sua ajudante geral (faxineira), você fara isso?

 4) Se em três anos você não estiver alcançado o lucro esperado, qual seu plano B?

 5) Você está preparada para não ter férias? Gosta de trabalhar aos finais de semana?

 6) Consegue recusar um "happy hour", um casamento, um evento importante de família? E vários?

 7) Você sabia que se você investir o mesmo dinheiro em você mesmo, se capacitando, seu retorno financeiro será maior no mesmo prazo trabalhando em uma empresa privada com todos os benefícios?

 8) E quando você quiser se aposentar, você vai vender a empresa?

 9) O que você fará quando não quiser ou não puder mais trabalhar em sua empresa?

10) Você tem medo de dívidas? Consegue entrar em um limite bancário para honrar com a sua folha de pagamento?"

Diante de tantas perguntas profundas, muitas pessoas acabam desistindo de empreender, pois percebem que o sacrifico é grande, que a caminhada e longa e isso, a maioria não tem paciência para esperar. "Quando eu digo que hoje após 10 anos e que tenho algum retorno mais concreto, as pessoas acabam achando muito tempo para esperar" afirma Rosana.

Segundo ela, é que tanto as franquias quanto as consultorias e o Sebrae, acabam vendendo uma imagem de que empreender é fácil e que você ficará rico em pouco tempo, mas não deixam claro os caminhos das pedras. É quando a pessoa abre o negócio, demora para ter retorno mas não está preparada financeiramente e nem psicologicamente para esperar. "Não me arrependo e amo o que faço. Mas gosto de ser sincera e mostrar que se for por dinheiro, há várias opções menos sacrificantes. As empresas que tem sucessos são de donas que realmente se identificam com o trabalho. Em qualquer tipo de negócio o dinheiro deve ser uma consequência de dedicação diária e não objetivo." ensina Rosana.