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O que o empreendedor precisa saber sobre segurança de dados após abrir sua empresa

Muitas preocupações passam pela cabeça do empreendedor ao abrir uma empresa, estoque, capital de giro, plano de negócio, orçamentos, marketing, etc

Muitas preocupações passam pela cabeça do empreendedor ao abrir uma empresa, estoque, capital de giro, plano de negócio, orçamentos, marketing, etc. Após esta primeira fase, os responsáveis precisam partir para o andamento do negócio, que inclui atividades como a criação de website e loja virtual, geração de notas fiscais eletrônicas e de boletos.

Marcus Almeida, gerente de Inside Sales & SMB da Intel Security, conta que nesta fase é fundamental ficar atendo à segurança da informação para não deixar que vulnerabilidades atrapalhem o negócio. “Em uma loja física, todos sabem que é fundamental contar com itens de segurança como travas, cadeados e câmeras. No entanto, as ameaças também podem vir digitalmente e por isso os dados das empresas também precisam de segurança adequada”.

O cibercrime está em constante expansão e as pequenas empresas também são alvo desses criminosos. Recente relatório divulgado pela Intel Security mostrou que hackers vendem na darkweb pacotes de dados roubados que incluem informações como números de cartões de crédito roubados, credenciais para entrar em redes corporativas e até mesmo cadastros de clientes em programas de fidelidade.

Para proteger os dados corporativos, todos os computadores e smartphones usados para o negócio devem ter soluções de segurança instaladas e constantemente atualizadas. Além disso, o empreendedor deve tomar cuidado com golpes bem elaborados que podem causar prejuízos e outros inconvenientes à sua empresa.

A maioria das ameaças às pequenas empresas chega por e-mail como links e mensagens infectadas ou mensagens de phishing, que tentam captar informações pessoais. No entanto, existem outros tipos de ameaças mais graves, que podem causar o desvio de dinheiro da empresa. Dentre as vulnerabilidades que podem prejudicar os pequenos empreendedores, Almeida destaca os boletos, as notas fiscais eletrônicas e o e-commerce.

Boletos bancários – Há alguns anos muitos golpes digitais vem sendo realizados através de boletos bancários. Durante a geração ou pagamento de um boleto um malware é capaz de alterar os números e assim mudar o beneficiário. Se o computador da empresa estiver infectado os boletos gerados podem ter numeração alterada sem que o emissor perceba. A alteração também pode acontecer no ato do pagamento do boleto via internet e o dinheiro será desviado para o criminoso.

Nota fiscal eletrônica – Ao emitir ou armazenar notas fiscais eletrônicas no computador o empreendedor precisa ter muito cuidado. Emitir notas usando wi-fi público, por exemplo, pode expor as informações e ocasionar a interceptação de dados. Em posse de dados da empresa o criminoso pode até mesmo emitir notas falsas.

Website e loja virtual – O website geralmente é o principal canal de comunicação entre a empresa e seus clientes. Ter o site derrubado por um ataque hacker pode causar grande prejuízo à imagem da empresa, além de gastos com reparação técnica e negócios perdidos pelo tempo que o site ficar fora do ar. Pior ainda é se um ataque conseguir capturar dados de compras de clientes cadastrados como informações de login e números de cartões de crédito.

Para evitar a interceptação de dados ou ter o computador infectado por malwares, Almeida sugere nunca usar redes wi-fi de cafés, hotéis e aeroportos, por exemplo, além de não usar a máquina que realiza emissão de notas e transferências bancárias para outras atividades. “Um erro bastante comum é usar o mesmo computador do trabalho para atividades pessoais como navegar na internet, baixar músicas e filmes, o que aumenta muito as chances de ter o dispositivo infectado por malwares”, finaliza.