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Entenda o que é custo efetivo total
Você sabe o que é custo efetivo total? O CET é uma valiosa informação que pode ser usada para que você tome as melhores decisões financeiras no seu negócio.
É muito comum que os empreendedores só considerem a taxa de juros antes de contratar um financiamento ou empréstimo – e isso pode gerar um grande problema para a gestão financeira da empresa. Por isso, o CET é tão importante. Avaliar o custo efetivo total permitirá que você esteja ainda mais seguro na contratação de crédito PJ ou outros serviços financeiros, além de não comprometer a saúde financeira do seu negócio no futuro.
Neste conteúdo, mostraremos o que é custo efetivo total e como calculá-lo. Quer saber por onde começar? Então, vamos lá!
O que é custo efetivo total
O CET é a soma de todos os tributos, taxas, seguros, encargos e outras tarifas que são pagas às instituições financeiras ou fintechs na contratação de um empréstimo para empresas ou financiamentos.
Para ilustrar o conceito do custo efetivo total, vamos supor que você queira comprar um veículo. Ao requerer o financiamento, você terá que desembolsar um valor que, dependendo da instituição financeira, supera os R$1.000,00. Esta taxa é chamada de Taxa de Abertura de Crédito (TAC).
Ou seja, o carro que custava R$40.000,00, passará a custar R$41.000,00. Além disso, outras despesas entram como novos componentes de custo, como o emplacamento do veículo, o custo para emitir a documentação obrigatória, as taxas que estão diretamente ligadas ao processo de financiamento e o IOF – Impostos sobre Operações Financeiras.
Se a concessionária do veículo tivesse informado uma taxa de juros de 1,99% ao mês, como existem outros custos além dos gastos óbvios com o preço do automóvel, no contrato final, essa taxa seria acrescida para contemplar as demais despesas.
A taxa que era de 1,99% ao mês pode facilmente superar 2,50% – e esse meio percentual em um contrato de longo prazo fará muita diferença para o seu caixa.
Como calcular o custo efetivo total
Para calcular o custo efetivo total, você precisará colocar na conta do empréstimo PJ ou financiamento todas as taxas, tarifas, tributos e seguros que incidirão em seu contrato.
Vamos supor que você pretende adquirir um veículo de R$40.000,00 para realizar o delivery do seu negócio. A concessionária que está ofertando o veículo informa que, para um financiamento com prazo de 48 meses, a taxa mensal é de 1,99%.
Nesta simulação, você pagaria parcelas mensais de R$1.301,42. Então, o custo total do veículo ficaria em R$62.468,16 – sendo R$40.000,00 de custo líquido e mais R$22.468,16 de juros.
Agora, adicione ao custo do veículo os gastos com IOF (0,38%) sobre o valor financiado + 3% ao ano sobre o valor do financiamento. Adicione também a taxa de abertura de crédito (o TAC, que falamos no início), além dos custos com documentos e emolumentos de despachantes e seguro do financiamento (Seguro de Proteção Financeira – SPF).
Vamos imaginar que todos esses custos alcancem R$2.500,00. Agora, além dos R$62.468,16, você terá mais R$2.500,00. Portanto, nesta simulação, o custo total será de R$64.968,16.
Com este novo custo, ao invés de ter uma taxa de 1,99% ao mês, conforme informado pela concessionária, o CET será de 2,19% ao mês.
Você pode fazer simulações do seu financiamento através do site do Banco Central ou pelo site do Procon de São Paulo.
Como consultar o custo efetivo total
A demonstração do custo efetivo total por parte das empresas é garantida pela resolução judicial nº 3.517 de 6 de dezembro de 2007, que obrigou as organizações a divulgar e informar sobre o CET a partir de março de 2008.
A ideia do Banco Central é garantir que os contratos de financiamento tenham o maior grau de transparência possível, tanto para quem precisa solicitar um empréstimo PJ quanto para as instituições financeiras ou fintechs.
A maior parte das pessoas e empresas avaliam apenas o prazo de pagamento e o tamanho das parcelas, indicadores que não deixam totalmente explícito as taxas e impostos que são pagos pelo empreendedor em uma operação de crédito PJ. Já com o CET em mãos, você pode comparar ofertas e propostas, além de calcular exatamente quanto será pago em sua operação financeira. Isso faz com que o empreendedor consiga avaliar melhor os diferentes custos de cada uma das empresas que oferecem financiamentos ou crédito PJ.
O custo efetivo total deve estar presente em todas as operações e contratações de serviços financeiros, como em simulações de empréstimo para empresas. Portanto, é importante estar sempre atento a este indicador.
Dica para não cair em uma cilada
Lembre-se sempre de que pequenas diferenças percentuais no CET podem se transformar em quantias a serem pagas, principalmente em contratos de longa duração, como é o caso do financiamento de veículos, imóveis e empréstimo PJ. Essa diferença no custo efetivo total de cada proposta pode ameaçar a saúde financeira da sua empresa.
Por isso, é fundamental que você avalie bem as propostas de cada instituição para ter certeza de que elas atendem as necessidades do seu negócio. Escolher um financiamento que comprometa uma parcela significativa das suas receitas pode te obrigar a recorrer a novos empréstimos e, neste caso, você terá problemas com sua gestão financeira e gastos não planejados.
Em caso de financiamento, por exemplo, é recomendável um planejamento antecipado. Dessa forma, você pode poupar uma quantia para ser utilizada de entrada, o que te ajudará a conseguir uma diminuição na taxa de juros e, consequentemente, um custo menor de CTE.
Na hora de procurar as empresas para solicitar uma simulação de financiamento ou crédito PJ, procure utilizar os mesmos parâmetros de valor e prazo. Isso vai te ajudar na comparação para escolher a melhor proposta para sua empresa.
Qual o melhor momento de solicitar um crédito PJ
O empréstimo PJ, quando bem planejado, pode ser um ótimo aliado para uma empresa ter o capital de giro necessário para expandir sua operação, investir em reformas ou compra de equipamentos e contratar novos funcionários, por exemplo.
Mas, antes de decidir se é o momento de pedir crédito PJ, você precisa estar atento, principalmente, à fase atual do seu negócio. “O crédito deve ser visto sempre como um facilitador de crescimento para a empresa, desde que seja sempre bem planejado e estruturado para caber nas contas. Afinal, a ideia é que ele ajude os negócios a lucrar, não a se endividar ainda mais”, comenta Cristiano Rocha, diretor de crédito e cofundador da BizCapital.
Apesar de existirem algumas razões específicas que levam a solicitação de empréstimo para empresas, no fim das contas, o que vale mesmo é o bom senso e planejamento do empreendedor, que deve mapear todas as necessidades do seu negócio para garantir um crescimento saudável a médio e longo prazo.
Segundo Rocha, o crédito PJ pode ser interessante em alguns momentos, como:
Capital de giro
Campeão da lista, o capital de giro garante que a empresa mantenha o funcionamento do dia a dia e arque com as principais despesas, garantindo uma boa saúde financeira.
Renovação de estoque
Ter um bom gerenciamento de estoque é essencial para garantir que o negócio consiga suprir todas as demandas e necessidades de seus clientes.
Expansão
A ampliação de portfólio de produtos e serviços pode ser uma ótima oportunidade para recorrer ao crédito como forma de crescimento.
Reformas
O crédito PJ também é interessante para quem deseja fazer reformas no espaço físico da empresa ou investir em novas filiais.
Investimento para aumentar vendas
Investir em estratégias de marketing pode gerar valor de mercado para a empresa, além de ajudar no aumento das vendas.
Onde solicitar um empréstimo para empresas
Como falamos anteriormente, antes de pedir crédito PJ, é essencial que você busque por empresas que garantam o máximo de transparência possível em todo o processo de tomada de empréstimo.
As fintechs mudaram totalmente o paradigma dos empréstimos e, hoje, já é possível ter acesso ao crédito em apenas algumas horas. Nesses casos, o procedimento é feito online e todas as taxas são dispostas em uma simulação de crédito de maneira transparente, para que a empresa possa se planejar tranquilamente.
“O empréstimo PJ, quando bem organizado financeiramente, não só impulsiona o crescimento, como também alivia o caixa atual da empresa. Dessa forma, você não mexe no dinheiro que tem e aproveita o crédito para investir no que precisa para avançar com seu negócio”, finaliza Rocha.